quarta-feira, 18 de julho de 2012

Frances Farmer - God Dies


A Ninguém nunca chegou para mim e disse "Você é uma tola. Não existe tal coisa de Deus. Alguém tem te logrado.".
O Não foi assassinato. Eu penso que Deus apenas morreu de idade. E, quando eu percebi que ele não estava mais lá, não me chocou. Me pareceu natural e certo.
A Talvez seja porque eu nunca fui propriamente impressionada pela religião. Eu ia para a escola dominical e gostava das histórias sobre Cristo e a estrela dele. Eram bonitas. Elas te confortavam e te faziam feliz de pensar sobre. Mas eu não acreditava nelas.
O O professor da escola de domingo falava muito parecido com o professor da escola que nos contava sobre histórias de George Washington. Prazerosas, bonitinhas, A mas não verdade.
A Religião era muito vaga. Deus era diferente. Ele era algo real, algo que eu podia sentir. Mas apenas em algumas ocasiões. Eu costumava me deitar entre mornos, limpos lençóis a noite depois do banho, depois de lavar meu cabelo, esfregar meus dedos e passar fio dental. Daí eu podia deitar quieta e parada na escuridão com meu rosto para a janela, com as arvores dentro, e falar com Deus. "Eu estou limpa, agora. Nunca estive tão limpa. Nunca estarei."
O E, de alguma maneira, era Deus. Eu não tinha certeza que era... Apenas algo confortável e escuro e limpo. Não era religião também. Tinha algo muito físico naquilo.
A Eu não podia ter a mesma sensação durante o dia, com minhas mãos em água suja de louça e com o sol alto mostrando a sujeira dos telhados.
O Depois de um tempo, mesmo a noite, aquela sensação de Deus não durou. Eu comecei a pensar sobre o pastor quando dizia "Deus, o pai, vê até a queda da menor pássaro. Ele olha por todos os seus filhos". Isso me intrigou. Mas eu tinha certeza de uma coisa.
A Se Deus era um pai, com filhos, aquela limpeza que eu sentia não era Deus. Então a noite, quando ia para cama, eu pensava, "Estou limpa. Estou com sono." Então eu adormecia. Não me impediu de aproveitar a limpeza em nada. Eu apenas sabia que deus não estava lá.
O Ela era um homem em um trono no céu, portanto, fácil de esquecer.
A As vezes eu encontrava uma utilidade para ele; especialmente quando eu perdia alguma coisa importante. Depois de revirar a casa, com pânico e afobada pela procura, eu podia parar no meio da sala e fechar os olhos. "Por favor deus, deixe que eu encontre meu chapéu vermelho de bordas azuis. Geralmente funcionava. deus se tornou o super-pai que não podia me bater. Mas se eu quisesse muito algo, ele arranjava. Isso me satisfez até que eu comecei a perceber que se deus amava todas as suas crianças igualmente, por que ele se importava com meu chapéu e deixava outros perderem seus pais e mães O tantas vezes?
O Eu comecei a perceber que ele não tinha muito a ver com chapéus nem com pessoas morrendo nem nada. Essas coisas aconteciam querendo ele ou não, ele ficava no céu fingindo não notar.
A Eu me perguntei um pouco por que Deus era tão inútil. Parecia uma perda de tempo ter ele. Ele se tornou menos e menos, O até ele ser... "nothingness". A Eu me senti bastante orgulhosa em perceber que eu tinha encontrado a verdade por mim mesma, sem ajuda dos outros.
O Era um mistério para mim a razão dos outros não terem descoberto também. Deus foi.
A Nós éramos mais jovens. Nós havíamos podado ele.
O Por que eles não podiam ver?
Para mim, ainda é um mistério.

A diabinha @Laraferr >

domingo, 15 de julho de 2012

Caio F. Abreu e Tati Bernardi

Eu duvido ! Duvido que você não chame meu nome quando você sente falta de alguém, duvido que não sinta falta do meu carinho sempre tão sincero, falta de me contar como foi seu dia, as histórias da sua vida que sempre foram pra mim melhor do que qualquer novela. Duvido que você não me procure nas biscates que você pega por aí, sempre tão vazias. Vazias igual a sua liberdade idiota que nunca te serviu pra porra nenhuma. Talvez esse seja o nosso problema, eu sou completa demais pra sua vidinha mais ou menos. Eu sinto, eu penso, eu falo, eu te conheço, isso te assusta né ? "Tô invadindo seu espaço ? Desculpa." Essa fui eu, durante todo esse tempo, me desculpando por que mesmo ? Me diminui pra você ficar maior, pra você não me perceber entrando na sua vida. Se você pudesse sentir o quanto isso dói você quem iria se desculpar. Eu queria ligar pra você, e te falar sem pausas tudo que eu ensaio toda vez que você me magoa, mas nunca digo pra não te magoar, afinal você não me faz mal por mal, e talvez esse seja o pior mal que se possa fazer a alguém, tão natural. Bobagem, como se algum ensaio no mundo fosse me deixar firme depois do seu 'alô'. Então é isso, tô te escrevendo ! Sempre fui mais segura com as palavras. Tô te escrevendo pra talvez um dia te enviar, mas to escrevendo. E não é sobre você dessa vez, é sobre mim. Sobre o quanto eu sou boa, igual a mim tá difícil meu bem ! Sobre como eu não preciso usar cinco centímetros de saia e um decote no umbigo pra ser mulher; Sobre como, ainda assim, só eu sei fazer de você um homem. Sobre muitas coisas, mas principalmente, sobre quantos homens eu poderia estar saindo nesse exato minuto. Não é com você, é comigo sabe ? Por exemplo, EU te idealizo nesse momento como o melhor, não que você seja. Acho legal você brincar com a sorte, mas se eu fosse você não teria tanta certeza da minha posse assim ! Talvez ninguém tenha te avisado ainda, então desculpa se eu vou te dar essa notícia sem te preparar antes, mas a porra do mundo não gira em torno do seu umbigo ! Ficou chocado ? Acontece. Só queria te dá um conselho, em nome da nossa amizade e meu carinho por você, tira uma mão da liberdade e segura um terço. Fica assim, agarrado nas duas coisas sabe ? E reza, reza muito pra não aparecer ninguém que mexa comigo enquanto você fica brincando de não saber o que quer. Porque eu sou amor, e ainda que não seja o seu, essa é a minha essência ! E você não deve acreditar muito nessa ideia, pelas tantas vezes que eu quase fui, mas um dia eu vou.. sempre foi assim ! Mas deixa eu te contar um segredo: se eu for, eu não volto.




A diabinha @laraferr >

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Circo Ático de Toledo apresenta: Depois desse dia


E ai mortais, tudo certo por aqui? Venho ao mundo humano indicar para vocês um delicioso espetáculo, e sei que os bons amantes das artes vão gostar. Nesse sábado (7), o Circo Ático sobe nos palcos do Teatro Municipal de Toledo para apresentar o espetáculo circense  DEPOIS DESSE DIA.

A peça é uma concepção circense inspirada em várias linguagens artísticas do mundo contemporâneo. O Circo Ático, com o espetáculo DEPOIS DESSE DIA...faz um convite para a reflexão, não sobre o que está sendo feito para melhor o mundo que iremos deixar para as futuras gerações, mas sim sobre o que cada um pode fazer para transformar e melhorar o seu meio, o seu mundo.

Fazer uma pequena mudança de comportamento dentro de si pode levar-nos a uma grande transformação. É um pequeno passo que servirá como ponto de partida para uma grande caminhada, que passará por quatro blocos: o caos, a fauna, a flora e a água. Um trajeto diferente, difícil, que muitas vezes irá nos levar a encruzilhadas assustadoras, becos sem saídas, caminhos engraçados e divertidos, embalados pelo circo, a dança, a música e o teatro com palhaçada, mas sem marmelada!!!!! Assim será DEPOIS DESSE DIA...


07 de Julho, ás 20h

No Teatro Municipal de Toledo
Ingressos : R$ 5,00
Pontos de venda: Teatro Municipal e Casa da Cultura
Maiores informações : (45) 3378 2528 | (45) 3378 4548