sábado, 9 de junho de 2012

Ninguém nunca chegou para mim e disse "Você é uma tola. Não existe tal coisa de Deus. Alguém tem te logrado." Não foi assassinato. Eu penso que que Deus apenas morreu de idade. E, quando eu percebi que ele não estava mais lá, não me chocou. Me pareceu natural e certo.Talvez seja porque eu nunca fui proriamente impressionada pela religião. Eu ia para a escola dominical e gostava das histórias sobre Cristo e a estrela dele. Eram bonitas. Elas te confortavam e te faziam feliz de pensar sobre. Mas eu não acreditava nelas. O professor da escola de domingo falava muito parecido com o professor da escola que nos contava sobre histórias de George Washington. Prazerosas, bonitinhas, mas não verdade.Religião era muito vaga. Deus era diferente. Ele era algo real, algo que eu podia sentir. Mas apenas em algumas ocasiões. Eu costumava me deitar entre mornos, limpos lençois a noite depois do banho, depois de lavar meu cabelo, esfregar meus dedos e passar fio dental. Daí eu podia deitar quieta e parada na escuridão com meu rosto para a janela, com as arvores dentro, e falar com Deus. "Eu estou limpa, agora. Nunca estive tão limpa. Nunca estarei." E, de alguma maneira, era Deus. Eu não tinha certeza que era... apenas algo confortavel e escuro e limpo.Não era religião também. Tinha algo muito físico naquilo. Eu não podia ter a mesma sensação durante o dia, com minhas mãos em água suja de louça e com o sol alto mostrando a sujeira dos telhados. Depois de um tempo, mesmo a noite, aquela sensação de Deus não durou. Eu comecei a pensar sobre o pastor quando dizia " Deus, o pai, vê até a queda da menor passaro. Ele olha por todos os seus filhos". isso me intrigou. Mas eu tinha certeza de uma coisa. Se Deus era um pai, com filhos, aquela limpeza que eu sentia não era Deus. Então a noite, quando ia para cama, eu pensava, "Estou limpa. Estou com sono." Então eu adormecia. Não me empediu de aproveitar a limpeza em nada. Eu apenas sabia que deus não extava lá. Ela era um homem em um trono no céu, portanto, fácil de esquecer.As vezes eu encontrava uma utilidade para ele; especialmente quando eu perdia alguma coisa importante. Depois de revirar a casa, com panico e afobada pela procura, eu podia parar no meio da sala e fechar os olhos. "Por favor deus, deixe que eu encontre meu chapéu vermelho de bordas azuis. Geralmente funcionava. deus se tornou o super-pai que não podia me bater. Mas se eu quisesse muito algo, ele arranjava.Isso me satisfez até que eu comecei a perceber que se deus amava todas as suas crianças igualmente, por que ele se importava com meu chapéu e deixava outros perderem seus pais e mães tantas vezes? Eu comecei a perceber que ele não tinha muito a ver com chapéus nem com pessoas morrendo nem nada. Essas coisas aconteciam queira ele queira não, ele ficava no céu fingindo não notar. Eu me perguntei um pouco por que Deus era tão inutil. Parecia uma perda de tempo ter ele. Ele se tornou menos e menos, até ele ser... "nothingness".Eu me senti bastante orgulhosa em perceber que eu tinha encontrado a verdade por mim mesma, sem ajuda dos outros. Era um mistério para mim a razõa dos outros não terem descoberto também. Deus foi. Nós eramos mais jovens. Nós haviamos podado ele. Por que eles não podiam ver? Para mim, ainda é um mistério.
Ps: "Nothngness" é uma palavra sem tradução litearal, mas que nomina o "sentimento nada".
Francis Farmer

A diabinha @laraferr