terça-feira, 30 de agosto de 2011

To me sentindo assim hoje...



Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz...
Mas não me diga isso...
Hoje a tristeza
Não é passageira
Hoje fiquei com febre
A tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela
Parecerá uma lágrima...
Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza
Das coisas com humor...
Mas não me diga isso...
É só hoje e isso passa
Só me deixe aqui quieto
Isso passa
Amanhã é um outro dia
Não é?...
Eu nem sei porque
Me sinto assim
Vem de repente um anjo
Triste perto de mim...
E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado
Por pensar em mim...
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho...
Quando tudo está perdido
Eu me sinto tão sozinho
Quando tudo está perdido
Não quero mais ser
Quem eu sou...
Mas não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado
Por pensar em mim...
Não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado
Por pensar em mim...

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

MORANGOS MOFADOS - CAIO F. ABREU


Let me take you down,

‘cause I’m going to strawberryfields
nothíng is real, and nothing to get hung about
strawberryfieldsforever
Lennon & McCartney: “Strawberry fields forever



Prelúdio
No entanto (até no-entanto dizia agora) estava ali e era assim que se via. Era dentro disso que precisava mover-se sob o risco de. Não sobreviver, por exemplo — e queria? Enumerava frases como é-assimqile-as-coisas-são ou que-se-há-de-fazer-que-se-há-de-fazer ou apenas lTttsafinalque.importa. E a cada dia ampliava-se na boca aquele gosto dernorangos mofando, verde doentio guardado no fundo escuro de algama gaveta.


Allegro Agitato
Pois o senhor está em excelente forma, a voz elegante do médico, têniporas grisalhas como um coadjuvante de filme americano, vestido d0 bege, tom sur tom dos sapatos polidos à gravata frouxa, na medida justa entre o desalinho e a descontração. Não há nada errado com o seu coração nem com o seu corpo, muito menos com o seu cérebro. Caro senhor. Acendeu outro cigarro, desses que você fuma o dobro para evitara metade do veneno, mas não é no cérebro que acho que tenho o câncor, doutor, é na alma, e isso não aparece em check-up algum.
Mal do nosso tempo, sei, pensou, sei, agora vai desandar a tecer considerações sócio-político-psicanalíticas sobre O Espantoso Aumento da Hipocondria Motivada Pela Paranóia dos Grande Centros Usbanos, cara bem barbeada, boca de próteses perfeitas, uma puta certa Vt disse que os médicos são os maiores tarados (talvez pela intimidade colstante com a carne humana, considerou), e este? Rápido, analisou: no máximo chupar uma boceta, praticar-sexo-oral, como diria depois, escovando meticuloso suas próteses perfeitas, naturalmente que se o senhor pudesse diminuir o cigarro sempre é bom, muito leite, fervido, é claro, para evitar os cloriformes, ar puro, um pouco de exercício, cooper, quem sabe, mais pensando no futuro do que em termos imediatos, claro. Mas se o futuro, doutor, é um inevitável finalmente alguém apertou o botão e o cogumelo metálico arrancando nossas peles vivas, bateu com cuidado o cigarro no cinzeiro, um cinzeiro de metal, odiava objetos de metal, e tudo no consultório era metal cromado, fórmica, acrílico, anti-séptico, im-po-lu-to, assim o próprio médico, não ousando além do bege. Na parede a natureza-morta com secas uvas brancas, peras pálidas, macilentas maçãs verdes. Nenhuma melancia escancarada, nenhuma pitanga madura, nenhuma manga molhada, nenhum morango sangrento. Um morango mofado — e este gosto, senhor, sempre presente em minha boca?
Azia, má digestão, sorriso complacente de dentes no mínimo trinta por cento autênticos (e o que fazer, afinal? dançar um tango argentino, ou seria cantar? cantarolou calado assim “quiero emborrachar mi corazón para olvidar um toco amor que más que amor fue una traición’ tinha versos à espreita, adequados a qualquer situação, essa uma vantagem secreta sobre os outros, mas tão secreta que era também uma desvantagem, entende? nem eu, versos emboscados da nossa mais fina lira, tangos argentinos e rocks dilacerantes, com ênfase nos solos de guitarra). Um tranqüilizante levinho levinho aí umas cinco miligramas, que o senhor tome três por dia, ao acordar, após o almoço, ao deitar-se, olhos vidrados, mente quieta, coração tranqüilo, sístole, pausa, diástole, pausa, sístole, pausa, diástole, sem vãs taquicardias, freio químico nas emoções. Assim passaria a movimentar-se lépido entre malinhas 007, paletós cardin, etiquetas fiorucci, suavemente drogado, demônios suficientemente adormecidos para não incomodar os outros. Proibido sentimentos, passear sentimentos, passear sentimentos desesperados de cabeça para baixo, proibido emoções cálidas, angústias fúteis, fantasias mórbidas e memórias inúteis, um nirvana da bayer e se é bayer. Suspirou, suspirava muito ultimamente, apanhou a receita, assinou um cheque com fundos, naturalmente, e saiu antes de ouvir um delicado porque, afinal, o senhor ainda é tão jovem.


Adagio sostenuto
Quando acordou, o sol já não batia no terraço, o que trocado em miúdos significavá algo assim como mais-de-duas-da-tarde. Tinha tomado três comprimidos, um pela manhã, outro pelo almoço, outro antes de dormir, só que juntos — e o gosto persistia na boca. Strawberry, pensou, e quis então como antigamente ouvir outra vez os Beaties, mas ainda na cama teve preguiça de dar dois passos até o toca-discos, e onde andariam agora, perdidos entre tantas simones e donnas summers, tanto mas tanto tempo, nem gostava mais de maconha. Acariciou o pau murcho, com vontade longe, querendo mandar parar aquele silêncio horrível de apartamento de homem solteiro, a empregada não viria, ele não tinha colocado gasolina no carro, nem descontado cheque, nem batalhado uma trepadinha de fim de semana, nem tomado nenhuma dessas pré-lúdicas providências-de-sexta-feira-após-o-almoço, e precisava. Precisava inventar um dia inteiro ou dois, porque amanhã é domingo e segunda—feira ninguém sabe o quê.
Acendeu um cigarro, assim em jejum lembrando úlceras, enfisemas, cirroses, camadas fibrosas recobrindo o fígado, mas o fígado continuaria existindo sob as tais fibras ou seria substituído por? Ninguém saberia explicar, cuecas sintéticas dessas que dão pruridos & impotência jogadas sobre o tapete, uma grana, imitação perfeita de persa. O telefone então tocou, como costuma às vezes tocar nessas horas, salvando a página em branco após a vírgula, ele estendeu a mão, tinha dedos até bonitos ele, juntas nodosas revelando angústia & sensibilidade, como diria Alice, mas Alice foi embora faz tempo, a cadela que eu até comia direitinho, estimulando o clitóris comme ilfaut, não é assim que se diz que se faz que se. O telefone tocou uma vez mais, e como se diz nesses casos, mais uma e mais outra e outra mais, enquanto com uma das mãos ele ligava o rádio libertando uma onda desgrenhada de violinos, Wagner, supôs, que tinha sua cultura, sua leitura, valquírias, nazismos, dachaus, judeus, e com a outra acariciava o pau começando a vibrar estimulado talvez pelos violinos, judeus, davis.
O telefone parou, o telefone não fazia nenhum som especial ao parar, mas deveria arfar, gemer quando entrasse fundo, duro e quente, judeuzinho de merda, deve estar metido naquele kibutz no meio da areia plantando trigo, não, trigo acho que não, é muito seco, azeitonas quem sabe, milho talvez, a cabeça quente do pau vibrava na palma da mão, foi no que deu ficar trocando livrinho de Camus por Anna Seghers, pervitin por pambenil, tesão se resolve é na cama, não emprestando livro nem apresentando droga, anote, aprenda, mas agora è troppo tarde, tudo já passou e minha vida não passa de um ontem não resolvido, bom isso. E idiota. E inútil.
Levantou de repente. Foi então que veio a náusea, só o tempo de caminhar até o banheiro e vomitar aos roncos e arquejos, onde estão todos vocês, caralho, onde as comunidades rurais, os nirvanas sem pedágio, o ácido em todas as caixas-d’água de todas as cidades, o azul dos azulejos começando a brilhar, maya, samsara, que às vezes voltava. De súbito lisérgico no meio de uma frase tonta, de um gesto pouco, de um ato porco como esse de vomitar agora as quinze miligramas leves leves. Alice abria as coxas onde a penugem se adensava em pêlos ruivos, depois gemia gostoso, calor molhado lá dentro. Neurônios arrebentados, tem um certo número sobrando, depois vão morrendo, não se recompõem nunca mais, quantos me restarão, meu deus e a mão de pêlos escuros de Davi acariciando as minhas veias até incharem, quase obscenas, latejando azul-claro sob a pele. Sabe, cara, quando te aplico assim com a agulha lá no fundo, às vezes chego a pensar que. Noites sem dormir e a luz do dia esverdeando as caras pálidas e as peles secas desidratadas e as vozes roucas de tanto falar e fumar e falar e fumar. Vomitou mais. Nojo, saudade. Sou um publicitário bem-sucedido, macio, rodando nas nuvens, o Carvalho me disse que rodando-nas-nuvens é do caralho, que achado, cara, você é um poeta, enquanto olho pra ele e não digo nada como eu mesmo já rodei nas nuvens um dia, agora tou aqui, atolado nesta bosta colorida, fodida & bem paga. Strawberryfields: no meio do vômito podia distinguir aqui e ali alguns pedaços de morangos boiando, esverdeados pelo mofo.


Andante ostinato
Nem ontem nem amanhã, só existe agora, repetia Jack Nicholson antes de ser morto a pauladas, enquanto ele espiava Davi jogado no fundo do poço tão profundo que precisaria de uma escada para descer até lá, evitando os escombros da cidadezinha que era ao mesmo tempo Kõln após a guerra e o Passo da Guanxuma, com aquele lago no centro de onde sem parar partiam ou chegavam barcos, nunca saberia, e não importa, Alice corria entre os ciprestes do cemitério sem túmulos enquanto ele gritava Alice, Alice, minha filha, quando é que você vai se convencer que não está mais do outro lado do espelho, até encontrar Billie Holiday em pé na escada entre paredes demolidas, aqueles degraus subindo para o nada, com Billie no topo decepada, solta no espaço de escombros repetindo e repetindo “you’ve changed, baby oh baby, you’ve cbangedso much’ estendeu a mão para socorrer John Lennon mas quando abriu a boca sangrenta, feito um vento preso numa caixa fugiu aquele horrível cheiro de morangos guardados há muito tempo, como um vento vindo do mar, um mar anterior, um mar quase infinito onde nenhuma gota é passado, nenhuma gota é futuro, tudo presente imóvel e em ação contínua, o cheiro de maresia era o mesmo do hálito da pantera biônica de cabelos dourados. Ah tantos anos de análise freudiana kleiniana junguiana reichiana rankiana rogeriana gestáltica. E mofo de morangos.
Gritaria. Mas acordou com o plim-plim eletrônico antes sequer de abrir a boca. O vento fresco da madrugada embalava as cortinas brancas feito velas de um barco encalhado, uma nau com todas as velas pandas, não adianta chorar, Alice, já falei que é loucura, pára de bater essas malditas carreiras, teu nariz vai acabar furando, melhor ser monja budista em Vitória do Espírito Santo ou carmelita descalça em Calcutá ou a mais puta das puras na putaqueapariu, não me olhe assim do fundo do poço, não me encham o saco com esse plim-plim hipnótico, eu fico aqui, meu bem, entre escombros.
Desligou a televisão, saiu para o terraço de plantas empoeiradas, devia cuidar melhor delas, não fosse essa presença viva dentro de mim corroendo carcomendo a célula pirada na alma fermentando o gosto nojento na língua. O cheiro daquele único jasmim espalhado sobre os sete viadutos da avenida mais central. Bastava um leve impulso, debruçou-se no parapeito, entrevado, morto da cintura para baixo, da cintura para cima, da cintura para fora, da cintura para dentro — que diferença faz? Oficializar o já acontecido: perdi um pedaço, tem tempo. E nem morri.




Minueto e rondó
Amanhecia. Não havia ninguém na rua.
Não, foi assim: debruçado no terraço, ele olhou primeiro para cima — e viu que o azul do céu quase preto aqui e ali se fazia cinza cada vez mais claro em direção ao horizonte, se houvesse horizonte, em todo caso atrás dos últimos edifícios que eram, digamos, um sucedâneo de horizontes. E amanhecia, concluiu então. Debruçado no terraço, ele olhou segundo para baixo — e viu que na longa rua não havia rumores nem carros nem pessoas, sóos sete viadutos também desertos. Não havia ninguém na rua, concluiu ainda.
Debruçado no terraço, amanhecia.
Ao mesmo tempo, em seguida, um de-dentro pensou: e se alguém realmente e finalmente apertou o botão? e se aquele cinza-claro no sucedâneo de horizonte for o clarão metálico? e se eu estava dormindo quando tudo aconteceu? e se fiquei sozinho na cidade, no país, no continente, no planeta? Sabia que não. E um outro de-dentro pensava também, se sobrepujando mais claro, quase organizado, não totalmente porque para dizer a verdade não era um pensamento nem uma emoção, mas algo assim como o cinza-claro brotando natural por sobre o horizonte, se houvesse horizonte, ou como o vento fresco batendo nas cortinas, ou ainda como se uma onda nascesse daquele imóvel mar ativo, ali onde começa a luz, onde começa o vento, onde começa a onda, desse lugar qualquer que eu não sei, nem você, nem ele sabia agora: brotou qualquer coisa como — não quero ser piegas, mas talvez não tenha outro jeito — uma luz, um vento, uma onda. Exatamente. Uma onda calma ou arquejante, um vento minuano ou siroco, uma luz mortiça ou luminosa, repito que brotou, repetiu incrédulo.
Ele teve certeza. Ou claras suspeitas. Que talvez não houvesse lesões, no sentido de perder, mas acúmulos no sentido de somar? Sim sim. Transmutações e não perdas irreparáveis, alices-davis que o tempo levara, mas substituições oportunas, como se fossem mágicas, tão a seu tempo viriam, alices-davis que um tempo novo traria? Não era uma sensação química. Ele não tinha a boca seca nem as pupilas dilatadas. Estava exatamente como era, sem aditivos.
Vou-me embora, pensou: a estrada é longa.
Tocou então o próprio corpo. Uma glória interior, foi assim que batizou solene, infinitamente delicado, quando ela brotou. Arpejo, foi o que lhe ocorreu, ridículo complacente, cor-nu-có-pia soletrou, quero um instante assim barroco, desejou. Mas vestido de amarelo como estava, visto de costas contra o céu, supondo que uma câmera cinematográfica colocada aqui na porta desta sala o enquadrasse agora pareceria quase bizantino, ouro sobre azul, magreza mística, que tinha sua cultura, sua leitura. E culpa alguma. Gótico, gemeu torcido, unindo as duas mãos no sexo, no ventre, no peito, no rosto e elevando-as acima da cabeça.
O sol estava nascendo.
Poderia talvez ser internado no próximo minuto, mas era realmente um pouco assim como se ouvisse as notas iniciais de A sagração da primavera. O gosto mofado de morangos tinha desaparecido. Como uma dor de cabeça, de repente. Tinha cinco anos mais que trinta. Estava na metade, supondo que setenta fosse sua conta. Mas era um homem recém-nascido quando voltou-se devagar, num giro de cento e oitenta graus sobre os próprios pés, para deslizar as costas pela sacada até ficar de joelhos sobre os ladrilhos escuros, as mãos postas sobre o sexo.
Abriu os dedos. Absolutamente calmo, absolutamente claro, absolutamente só enquanto considerava atento, observando os canteiros de cimento: será possível plantar morangos aqui? Ou se não aqui, procurar algum lugar em outro lugar? Frescos morangos vivos vermelhos.
Achava que sim.
Que sim.
Sim.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Madrigal Vocale




1ª Etapa - Projeto Música de Câmara - Sesc
Madrigal Vocale
Data:  22 de Agosto (segunda-feira)
Horário:  14h30 (concerto didático para escolas agendadas)
                 20h00 (concerto aberto ao público em geral)
Local: Auditório do Senac (Rua Recife, 2283)
* PARTICIPAÇÃO GRATUITA
* RETIRAR CONVITES ANTECIPADAMENTE NO SESC (Rua Carlos de Carvalho, 3367)*
*Mais informações - 45 3225-3828.


O Projeto Música de Câmara, realizado pelo Sistema Fecomércio Sesc Paraná, apresenta uma série de concertos que buscam agregar conhecimento e valorização da cultura musical brasileira. A música do Brasil, rica e diversificada quanto a estilos, gêneros, ritmos e formas, precisa ser ouvida e conhecida em seu contexto, bem como os seus compositores. Comprometido com a temática de apresentar, exclusivamente, obras de compositores brasileiros, o desenvolvimento do Projeto Música de Câmara prevê dois momentos de integração com a comunidade. Além dos concertos proporcionados ao público em geral, que estreita a relação entre desenvolvimento musical e desenvolvimento intelectual, são realizados concertos didáticos para escolas agendadas, aproximando a música brasileira das crianças e adolescentes. A somatória desses dois momentos contribui de forma significativa para o conjunto de ações desenvolvidas pelo Sesc com vistas à formação de platéia. Vale ainda ressaltar que a opção de desenvolvimento de um projeto musical camerístico, visa o incentivo de novas práticas e novos hábitos de apreciação musical, pois as apresentações acontecem em caráter intimista, essencialmente acústico que valorizam a pureza do som e a qualidade das obras e de seus intérpretes.

Madrigal Vocale

O Madrigal Vocale, conjunto vocal fundado pelo padre José Penalva em 1982 e atualmente regido pelo maestro Bruno Spadoni, tem ênfase no canto a cappela , apresentando-se também junto a instrumentistas, grupos vocais e orquestrais, em diversas capitais e centros culturais do país. O grupo cultiva todos os gêneros de música camerística, desde a Idade Média até a Contemporânea. É formado por:

Regente: Bruno Spadoni
Sopranos: Cristiane Alexandre / Sara Atiyeh Vianna /Virgínia Pimentel/Renata Gorosito
Contraltos: Ana Maria Mello / Elaine Odia / Lia   Souza
Tenores: Nilceu Nazareno / Paulo Costa / Wander Nascimento
Baixos: Ahilto Fontoura / Hudson Viana/ Djonatan Ledur

Autores e Ideias





Autores e Ideias

Ciclo de debates
Escritoras convidadas: Adriana Lunardi e Cintia Moscovich
Data: 18 de Agosto
Horário: 20h00
Local: Auditório do Senac (Rua Recife, 2283)

*Participação Gratuita*
*Retirar convites antecipadamente no Sesc (Rua Carlos de Carvalho, 3367)*

O ciclo literário Autores & Ideias , do Sesc PR, chega à sua segunda edição com novidades. Diferentemente dos encontros realizados em 2010, em que os autores convidados discutiram as relações entre a literatura e o ciberespaço, em 2011 o universo temático das mesas redondas foi ampliado: a cada mês, dois autores debatem um tema diferente, pelo viés da literatura. O ciclo percorrerá dez cidades do Estado, o dobro do ano passado.
Os encontros são realizados mensalmente. Em agosto, é a vez de Cintia Moscovich e Adriana Lunardi refletirem sobre o papel das escritoras brasileiras na mesa “Vozes femininas. Quem são as escritoras brasileiras mais interessantes do momento? Que temáticas perpassam sua literatura? É mesmo fundamental buscar uma voz e um olhar especificamente femininos na obra destas autoras?
Com curadoria da jornalista Mariana Sanchez e realização do Sesc PR, o Autores & Ideias trará diferentes vozes da literatura brasileira atual para mais perto dos leitores em 2011. Além das mesas redondas, haverá ainda oficinas e workshops relacionados aos temas do evento. As atividades são gratuitas e acontecem nas unidades do Sesc em Curitiba (Paço da Liberdade), Londrina, Maringá, Pato Branco, Cascavel, Paranaguá, Francisco Beltrão, Ponta Grossa, Paranavaí e Umuarama.

Breve Biografia das escritoras
  • Cíntia Moscovich
Nascida em Porto Alegre em 1958, é escritora, jornalista e mestre em Teoria Literária. Recebeu o primeiro lugar do Concurso de Contos Guimarães Rosa, instituído pelo Departamento de Línguas Ibéricas da Radio France Internationale, de Paris. É autora dos livros de contos ―Reino das Cebolas, ―Anotações durante o incêndio e ―Arquitetura do arco-íris (que venceu os prêmios Portugal Telecom e Jabuti de 2005), além do romance ―Por que sou gorda, mamãe. Seus trabalhos foram publicados em diversas antologias, como ―Geração 90: manuscritos de computador, ―Ficções Fraternas e ― 25 mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira .

·          Adriana Lunardi
Catarinense, é roteirista de TV e escritora. Sua estréia na literatura aconteceu em 1996 com ―As meninas da Torre Helsinque, que recebeu os prêmios Fumproarte e troféu Açorianos nas categorias Melhor livro de contos e Autor estreante. Em seu livro de contos ―Vésperas, a autora remonta o momento anterior à morte de nove escritoras fundamentais, como Virgínia Woolf, Clarice Lispector e Ana Cristina César. A obra, publicada posteriormente na França, Argentina, Portugal e Croácia, recebeu a bolsa para escritores da Fundação Biblioteca Nacional e foi indicada ao prêmio Jabuti. ―Corpo estranho, seu primeiro romance, foi finalista do prêmio Zaffari/Bourbon e está sendo traduzido para o francês.
Oficina de Criação de Histórias Coletivas

Ministrante: Claudiana Soerensen
Data: 20 de Agosto – sábado
Horário: Das 14h às 18h
Local: Sesc Cascavel – Rua Carlos de Carvalho, 3367. Centro.
*Participação Gratuita
*Vagas limitadas
*Inscrições pelo fone (45) 3225-3828.

Sonora




2ª Etapa do Projeto Sonora Brasil - Sesc
Data: 16 de Agosto (terça-feira)
Horário: 20h00
Local: Centro Cultural Gilberto Mayer (Rua Duque de Caxias, 379. Centro).
PARTICIPAÇÃO GRATUITA
RETIRAR CONVITES ANTECIPADAMENTE NO SESC (Rua Carlos de Carvalho, 3367)*
*Mais informações - 45 3225-3828.
Sonora Brasil – Formação de Ouvintes Musicais  é um projeto temático que tem como objetivo realizar programações identificadas com o desenvolvimento histórico da música no Brasil. 

Sotaques do Fole  apresenta o acordeão em suas variantes regionais ligadas à tradição oral, trazendo a gaita-ponto , com o músico Gilberto Monteiro (RS), a sanfona de oito baixos , com o músico Truvinca (PE), e o acordeão de 120 baixos , com Dino Rocha (MS). Fazendo um contraponto com a tradição oral, o projeto traz o duo de acordeões Ferragutti/Kramer, que apresenta composições modernas e contemporâneas relacionadas à música de concerto e a outras formas ligadas à vertente acadêmica.
Truvinca e Grupo
A sanfona de oito baixos é um dos instrumentos mais identificados com a cultura nordestina, onde também é conhecida, dentre outros nomes, como pé-de-bode. O instrumento está diretamente relacionado à tradição oral. Heleno Pereira dos Santos, o Truvinca, é um desses grandes mestres que compreende a importância da preservação e difusão do repertório tradicional tão representativo do desenvolvimento da música nordestina e ainda pouco conhecido. Sua técnica apurada e domínio pleno do repertório empenham-se em manter um estilo interpretativo, fiel às formas originais. Truvinca viveu duas décadas no Rio de Janeiro, trabalhando durante o dia em empregos formais e dedicando suas noites ao ofício de sanfoneiro. Ele se apresenta no Sonora Brasil acompanhado de Alex da Zabumba e Paulinho do triângulo, na formação típica do conjunto chamado “regional”.