quarta-feira, 17 de junho de 2009

Anjos e demonios... em cascavel.

Não pessoal não é um filme...

É os “anjos” contando piada.

AO CONTRÁRIO DE ALGUNS "APAVORADOS" QUE FICARAM EXTREMAMENTE AFETADOS QUANDO FALAMOS DAS PUBLICACÕES DE CRÍTICAS DE ESPETÁCULOS EM FESTIVAIS DE CASCAVEL, O QUE QUEREMOS É MOSTRAR O CRESCIMENTO DOS FESTIVAIS NOS ULTIMOS ANOS, PRINCIPALMENTE O DE TEATRO, QUE HAVIA ACABADO NA ADMINISTRACÃO "EDGAR BUENO" (2001-2004), QUE RESGATAMOS E COLOCAMOS PROFISSIONAIS PARA AVALIAR O ATUAL QUADRO ARTÍSTICO DE CASCAVEL. --- fonte blog anjos da cultura.---

AHAHAHAHAH

CRESCIMENTO DOS FESTIVAIS NOS ULTUMOS ANOS?

essa foi a melhor piada que já contou. vai lá no c.c. Gilberto Mayer amanha e conta essa lá na frente, todos vão preferir assistir o teu espetáculo de comedia (farsa cascavelense).

Bom, senhoras e senhores, volto a lembrar que o critico em questão não passa de um fajuto que só estava presente nos festivais com o objetivo de salientar amizades com o anjo e de dar criticas que resumia o seu espetáculo. Que na época foi uma produção da secretaria atual.

Bom pra vocês terem uma idéia de como o espetáculo do crítico em questão é tão boa quanto a gestão passada. Então vocês que não assistirão podem ter uma idéia da maravilha que era.

E pra quem não sebe o festival de teatro acabou no primeiro ano da gestão Lisias Tomé, então se o FICA(mos com cara de besta) era um tentativa de resgatar algo era do próprio mandato do Lisias. Você deve se lembrar anjo eu contei isso pra quem não lembrava na abertura do festival do ano passado e também lembro que foi mal dirigido pelo diretor cultural da época.

“FICAMOS” agora a espera da de que a coisa melhore... Mas sem os anjos já esta 100% melhor.

abraços

4 comentários:

  1. O Saravá Andrógeno de Mossmann
    por Acir Dias da Silva*

    “Pois a lógica do homem moderno é de não ter jamais podido viver, nem pensar viver, a não ser como possuído” (Artaud)

    A encenação do texto a Benzedura do Concreto, de André Boniatti, por Neuri Mossmann, às vezes tira o sono. O palco se transforma em camarim e o hall de entrada do teatro em palco. Fica claro, há desejos, deslocamentos as batidas de um ritual prenunciado pelo ritmo musical que reverbera fora do cenário-alvo. O saravá proposto não está somente na musica, nos corpos em movimento e nas vozes dos atores cantores, está sobretudo, no texto do jovem Boniatti.
    O texto lírico de Boniatti - fusão harmônica do que ha de mais poético em Artaud sobreposto a Nelson Rodrigues e outros -. Nessas apropriações, Boniatti ilumina com força dramática o pseudo-coro grego com gestos e palavras da nossa memória. Se Artaud viajou para o méxico e para Bali em busca dessas memórias, Boniatti fez um mergulho nas próprias inquietudes e também na dor, inscritas no limite da lucidez e da loucura. Já o diretor Neuri Mossmann fez um incurso na obra de Nelson Rodrigues a partir do saravá.
    A apropriação desse ritual enquanto encenação está em todo o espetáculo. Traduzindo em miúdo, SA (Força, Senhor), RA (Reinar, Movimento), VÁ (Natureza, Energia). Saravá significa então força que movimenta a natureza. Esse termo é, portanto, um mantra que pode fixar ou dissipar determinadas vibrações, não sendo, portanto, aconselhável pronuncia-lo sem a devida necessidade. Saravá, assim como axé, shalom, ou amém, selam conversas e tem conotação positiva. Saravá também pode significar “salve” ou “viva”, por influencia africana no idioma português do Brasil. É comum relacionar essa expressão com rituais do Nordeste brasileiro, como candomblés e Orixás. O termo Saravá também é usado em cultos afro-brasileiros como mantra (que são palavras especiais vocalizadas de maneira específica que produzem certos fenômenos de imantação ou desagregação; são os sons místicos ou sagrados, ou seja, sons específicos que elevam o espírito.
    Em a Benzedura do Concreto encenada por Mossmann, essas imagens são dispostas num cenário branco, com iluminação econômica. Branco, branco e mais branco. Do branco quase infinito surgem os atores enfileirados, saltam para o plano da lembrança e desenham um lirismo simples. Pleno. Silencioso e barulhento. Rápido e lento. Memórias. Nelson Rodrigues - O Vestido de Noiva - O Beijo no Asfalto. Tantos outros. Nós. Nossas mascaras viram pó.

    “A imagem do mundo prisioneiro nas trevas do mundo, ou seja, o caráter irredento de um estado sentido como penoso, de relativa inconsciência, a qual se recolhe no espelho da matéria, e portanto é tratado também na matéria” (Jung)

    Nisso, desenham as transformações tanto da consciências de quem assiste ao espetáculo como daqueles que atuam, alias, não há fronteiras entre aquilo que é real e aquilo que é simulacro, tudo se dissolve num imenso amálgama imaginário. Tambores, chapas, panelas, bacias, baldes, vestidos, sapatos, faltam apenas os espermas e o sangue mesntrual das personagens. O ritualístico e o encantamento integrador da alma traduzem-se pelo homem e a mulher - tudo no mesmo ator.
    “A vida é queimar perguntas. Não concebo uma obra isolada da vida. Não amo a criação isolada. Também não concebo o espirito isolado de si mesmo. Cada uma das minhas obras, cada um dos planos de mim próprio, cada uma das florações glaciares de minha alma interior goteja em mim” (Artaud).
    A Benzedura do Concreto, encenada por Mossmann, é um altar profano e sagrado. Uma elevação. Cruel e pestilento. Sublime e transcendental.


    *Pesquisador do Laboratório de Estudos Audiovisuais - Unicamp. Professor da Pós-Graduação em Linguagem e Sociedade, Unioeste, PR.

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  2. entre anjos maus e demônios bons.. fiko com demônios mesmo!

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  3. arte é muito além do bem e do mal!

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  4. Entre anjos e demônios fico com o resgate da cultura, pois um fala do que o outro não fez, mas o que fazer??? O que você tico sabe para melhorar não só o teatro mas a cultura de cascavel?, o que você faz é cultura? este blog é cultural ou anti Anjo???

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